Mulher cai em buraco no cemitério de Vila Boim
Arranjava a campa de um familiar quando pisou a tijoleira que cobria outra contígua e só parou dois metros abaixo, desmaiada. [/size]
Uma senhora de 62 anos caiu para um buraco no Cemitério de Vila Boim, depois de se ter partido a laje de tijolo em que se apoiou quando arranjava a campa de um familiar. O acidente ocorreu na manhã de sábado, dia 26.
"Fui com a minha mãe ao Cemitério visitar e arranjar a campa de um familiar. Ao lado estava outra campa que não se encontrava arranjada, ou seja, só tinha umas placas em cima, parecendo oferecer alguma segurança. Como o espaço entre as campas é reduzido, a minha mãe pôs o pé lá em cima, partindo-se a placa e caindo para um buraco com dois metros de altura. Ficou inconsciente e não se conseguiu levantar", disse a este semanário Susana Rodrigues, filha de Maria do Carmo Rodrigues.
De acordo com a nossa interlocutora, que contou com a ajuda de "uns senhores que estavam ali", o coveiro foi chamado e trouxe uma escada. "A minha mãe, entretanto, recuperou os sentidos e tirámo-la lá de dentro", acrescentou. Assistida no Hospital de Santa Luzia de Elvas, Maria do Carmo Rodrigues acabou por ter alta ao início da tarde. "Está toda arranhada e magoada, mas, graças a Deus, não tem nada partido", adiantou a filha. "No meio de tudo isto, a sorte foi ela não ter ido ao Cemitério sozinha", desabafou.
Junta promete solução
Susana Rodrigues referiu ainda que outra pessoa que as acompanhava era a sua madrinha, que tem "um problema de osteoporose em grau máximo". "Se tivesse sido ela a cair, a situação seria muito mais complicada, senão mesmo fatal", frisou. Ao contar esta situação, Susana Rodrigues pretende que "se faça alguma coisa". "Pelo que me apercebi, já não é a primeira pessoa que cai ali. Segundo me disseram, o presidente da Junta já foi avisado que não pode ter as campas naquele estado. É algo que tem de ser resolvido, daí este alerta", concluiu.
Contactado pelo "Linhas", o presidente da Junta de Freguesia de Vila Boim, António Pisco Romão, lamentou o sucedido e prometeu uma solução, a qual poderá passar pela colocação de avisos e fitas que balizem as campas sem cantaria.
O autarca esclareceu ainda que este foi o primeiro caso do género, tendo só conhecimento de uma outra situação ocorrida quando o Cemitério estava em obras, mas em circunstâncias diferentes.
in Expresso